quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Kalenda Maya e a música para casamento


O grupo Kalenda Maya teve origem a partir de uma proposta de pesquisa e prática de um repertório musical dos séculos XVI, XVII e XVIII, dos períodos renascentista e barroco da História da Música Ocidental. Seus integrantes são musicistas formados em universidades públicas e escolas de música de São Paulo (EMESP, EMMSP, Fundação das Artes de São Caetano do Sul), profissionais que tiveram como mestres os principais expoentes da Música Antiga no Brasil (Marília Vargas, Mônica Lucas, Bernardo Toledo Piza, Cesar Villavicencio e Ricardo Kanji, Natalia Chain, Alexandre Pimenta, Marília Macedo, Eduardo Klein e outros). A pesquisa de repertório e o estudo da interpretação historicamente orientada foi o fator de agregação do núcleo original do grupo, que depois foi expandindo seu interesse, passando dos quintetos para outras formações instrumentais e outros gêneros musicais, como cantatas, concertos e masques, incluindo, inclusive, repertório brasileiro contemporâneo.
Os integrantes do grupo, instrumentistas, regentes, arranjadores, voltaram-se há certo tempo à música do cerimonial de matrimônio, atualmente situação em que a música vocal e instrumental torna a estar presente, refletindo sobre alternativas ao repertório adotado convencionalmente. Eis o porquê da escolha do nome Kalenda Maya: o festejo medieval, que ocorria no início do mês de maio, da primavera européia, em que a comunidade era chamada a participar, cantando e dançando, do rito em comemoração à constante renovação da vida depois da hostilidade do inverno, à alegria de viver e amar. Resgatando os sentidos simbólico e alegórico envolvidos na celebração do matrimônio, o grupo preparou um corpus musical diferenciado, composto por peças que já constituíam seu repertório e outras, de outros períodos, ligadas ao tema do amor e da união religiosa.

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